Ontem levantei-me às 6 da matina para ir trabalhar. Às 06:30 horas, estava a bater com a porta da saída de casa. Devagarinho…para não acordar ninguém… Cheguei às 21:00 horas para jantar, ainda a tempo do meu filho se atirar ao meu pescoço e brincar um pouco com o pai. Coisa que não fazia há dois dias, porque, precisamente, não me viu durante todo esse período. E eu só o via a ele a dormir… Depois de assistirmos em conjunto ao Euromilhões, deitei-o e, finalmente, adormeceu (tomara eu que ele gostasse tanto de ver as bolas dos números e das estrela a rodar dentro da tômbola como de ver outro esférico a rolar sobre o relvado… Mas o malandreco não quer as couves…). Fiquei por uns momentos, embevecido, a observá-lo. Depois, foi tempo de colocar a conversa em dia com a restante família.
Sinais dos tempos, concordarão alguns de vocês. Ou, outros poucos, questionarão o que é que isto tem a ver com o Sporting…
Poderia começar para aqui a justificar-me com metáforas e afirmar que, à semelhança de alguns dias com o meu petiz, eu observo atentamente e só vejo o Sporting adormecido… E que, apesar de tudo, continuo a amar o Sporting e continuo a olhá-lo embevecido enquanto dorme… Mas não, não é isso! Ou melhor, não é essencialmente isso, o que me ‘traz aqui’. O que pretendo transmitir é coisa mais do foro prático, mais ‘terreno’ e muito menos, vá lá, poético. É que, como será de fácil compreensão, depois do trabalho e da família, ontem não pude acompanhar a outra parte que preenche a minha vida: o quotidiano do Sporting.
Foi pois, confesso, com alguma surpresa que ao consultar a blogosfera durante esta manhã, descobri isto na Centúria Leonina. E após ter lido esse excelente artigo do NMB, constatar tristemente, o quanto me enganei (mais uma vez) com Filipe Soares Franco, quando a 8 de Janeiro deste ano escrevi, entre outras coisas, o seguinte:
Sinais dos tempos, concordarão alguns de vocês. Ou, outros poucos, questionarão o que é que isto tem a ver com o Sporting…
Poderia começar para aqui a justificar-me com metáforas e afirmar que, à semelhança de alguns dias com o meu petiz, eu observo atentamente e só vejo o Sporting adormecido… E que, apesar de tudo, continuo a amar o Sporting e continuo a olhá-lo embevecido enquanto dorme… Mas não, não é isso! Ou melhor, não é essencialmente isso, o que me ‘traz aqui’. O que pretendo transmitir é coisa mais do foro prático, mais ‘terreno’ e muito menos, vá lá, poético. É que, como será de fácil compreensão, depois do trabalho e da família, ontem não pude acompanhar a outra parte que preenche a minha vida: o quotidiano do Sporting.
Foi pois, confesso, com alguma surpresa que ao consultar a blogosfera durante esta manhã, descobri isto na Centúria Leonina. E após ter lido esse excelente artigo do NMB, constatar tristemente, o quanto me enganei (mais uma vez) com Filipe Soares Franco, quando a 8 de Janeiro deste ano escrevi, entre outras coisas, o seguinte:
“Sinceramente, de FSF devo enaltecer a forma como ele enunciou o seu afastamento. Por uma questão de justiça afirmar que FSF agiu com sentido de responsabilidade numa hora particularmente difícil e em conformidade com o estatuto de Presidente de um clube centenário que ‘mexe’ com alguns milhões de portugueses e, definitivamente com uma larga franja da sociedade portuguesa. Pelo menos na saída esteve bem”...
Está aqui, neste malfadado 'Ou vai ou racha'. Precipitei-me… Fui ingénuo, crédulo ou parvo, decidam vocês… Aliás, depois disto, só tenho que dar a mão à palmatória e têm V/s Excelências, caros amigos, toda a razão para me insultarem como entenderem. O mais justo seria chamarem-me estes três adjectivos em simultâneo com outros qualificativos ainda mais vernáculos.
Enquanto o Sporting ‘dorme’ é tempo de eu desabafar com o resto da minha família leonina. Permitam-me pois, após esta lenga-lenga toda, perder o caraças das estribeiras, apelar ao meu lado lunar e gritar a plenos pulmões:
Óh Pimpinho, vai-te embora, caralho!!! Desaparece de vez! Dass! Deixa-nos em Paz. Deixa o Sporting acordar desta modorra e desta indefinição!
Ufa, que alivio! Desculpem a infantilidade, mas às vezes sabe bem ceder aos nossos impulsos mais selvagens.
Agora, que já me sinto melhor, vou almoçar, adiantar umas coisas no trabalho, brincar com o meu filhote. Depois da janta vou ao núcleo assistir ao Sporting contra o Belém… Pode ser que no Restelo o Sporting me proporcione momentos de alegria e brincadeiras em família. Ou isso, ou no final do jogo, dou comigo a espetar uns murros numas mesas e uns pontapés numas cadeiras! Depois, vou eu dormir… Ou melhor, ter uns pesadelos… Devagarinho, para não acordar ninguém…
Enquanto o Sporting ‘dorme’ é tempo de eu desabafar com o resto da minha família leonina. Permitam-me pois, após esta lenga-lenga toda, perder o caraças das estribeiras, apelar ao meu lado lunar e gritar a plenos pulmões:
Óh Pimpinho, vai-te embora, caralho!!! Desaparece de vez! Dass! Deixa-nos em Paz. Deixa o Sporting acordar desta modorra e desta indefinição!
Ufa, que alivio! Desculpem a infantilidade, mas às vezes sabe bem ceder aos nossos impulsos mais selvagens.
Agora, que já me sinto melhor, vou almoçar, adiantar umas coisas no trabalho, brincar com o meu filhote. Depois da janta vou ao núcleo assistir ao Sporting contra o Belém… Pode ser que no Restelo o Sporting me proporcione momentos de alegria e brincadeiras em família. Ou isso, ou no final do jogo, dou comigo a espetar uns murros numas mesas e uns pontapés numas cadeiras! Depois, vou eu dormir… Ou melhor, ter uns pesadelos… Devagarinho, para não acordar ninguém…
2 comentários:
Estive a ler com atenção esta crónica, poderia chamar-lhe de desabafo. Sinais dos tempos que correm, que nos fazem andar a correr num frenesim que vistas bem as coisas poderá nem ter sentido, porque conforme esta crise vem provar, o mundo está doente e é preciso cura-lo, precisamente para que apesar dos resultados, dos objectivos, da produtividade, possamos também dedicar tempo aos que amamos.
Sobre o momento actual, a minha opinião é que está a ser seguida uma estratégia que condiciona todo e qualquer movimento, gerando expectativa. Ninguém avança, parece estar tudo pendente de alguma coisa. Para mim, a alguém interessa que isto se arraste no tempo. Talvez a quem apareça a defender o mesmo, mas por outras palavras.
Para o Sporting o melhor seria que brevemente aparecesse uma candidatura forte cujo objectivo seja servir o sporting e não servir-se deste.
um abraço
Fantastico post! Um dos melhores que me lembro de ver ultimamente!
E como me revejo em muita coisa nele...desde o sportinguismo á dificuldade em ver o pequeno...Em tantos dias durante a semana me acontece o que aconteceu hoje...quando chego já está na cama e não o chego a ver...o que nalguns dias custa mesmo muito...E até na dificuldade em o fazer entusiasmar com o esferico me revejo...a minha esperança é que ele ainda é muito pequeno...
Na dor do excesso de paixão com o Sporting também me revejo. É bom, mas ás vezes doi...quando nos magoa o caminho que leva a nossa paixão...
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