quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Sorteio da Champions League


Está concluído o sorteio para a fase de grupos da edição 2007/08 da Champions League.
O Sporting Clube de Portugal calhou no Grupo F junto com Manchester United, AS Roma e Dínamo de Kiev. Este Grupo pode ser tudo menos F de fácil... Também quem é que nesta competição pode contar com facilidades?
De positivo devo desde já realçar a oportunidade de voltamos a ver, em pleno Estádio José de Alvalade, os meninos made in Academia: Nani e Cristiano Ronaldo, que representam o colosso inglês. Os outros dois adversários, apesar de menos cotados, apresentam-se também como complicados e o grau de dificuldade vai ser elevado. Prevejo bastante equilíbrio nos jogos a disputar.
De qualquer forma há que encarar esta "sorte" com coragem e convicção num desempenho melhor do que o conseguido no ano transacto. A experiência alcançada com os jogos da passada edição e a solidez defensiva que o Sporting apresenta, são para já, os argumentos mais fortes que apresenta e fazem-me acreditar numa participação positiva.
FORÇA SPORTING!

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Os suspeitos do costume…

F. C. P. - 1 ; S.C.P. - 0
E pronto, a “nuance” acabou por surgir num lance mal analisado por Pedro Proença. Nesse lance, Polga corta a bola, tendo esta seguido na direcção de Stojkovic e este interpretado bem ao decidir agarrar o esférico com as mãos. A Lei proíbe atrasos intencionais ao guarda-redes, ora quem seguia com a bola era Postiga tendo Polga desarmado o avançado do F. C. Porto. Se nem sequer houve atraso, e sim um corte, reitero, não concebo a decisão arbitral. Ou melhor até percebo, faltou a tal “coragem” que ambos os técnicos pediram ao Sr. Pedro Proença, que perante o burburinho de publico e pressão de jogadores (do F. C. do Porto) resolveu, mal, aceder ao “pedido”.
De qualquer forma, notou-se na decisão que tomou, que Stojkovic, ainda não sabe em que Liga veio parar. É verdade que estes lances podem gerar sempre reacções da equipa que ataca com a intenção de ganhar um livre indirecto dentro da área. Lances que acarretam sempre muito perigo e uma excelente oportunidade de marcar. Por isso mesmo, o guarda-redes do Sporting foi ingénuo, poderia e deveria (como de resto admitiu Paulo Bento no final do encontro) ter despachado a bola com os pés, até porque teve muito tempo para isso. Estes são lances que se devem evitar, e não deixar ao critério da subjectividade de outrem, no caso, de um árbitro que ainda por cima já tinha dado mostras de protecção ao adversário, nomeadamente através do perdão de expulsões a entradas violentas de Quaresma sobre Miguel Veloso e de Pedro Emanuel sobre Derlei. Mais ainda, quando o adversário se chama F.C. do Porto e o jogo a decorrer no Dragão se apresentava cada vez mais complicado para a equipa da casa, dado o bom início de 2.ª parte do Sporting. A lição, cruel, terá sido aprendida com toda a certeza.
Quanto ao jogo em si, esperava mais do Sporting na primeira parte. Lá está, defensivamente a cumprir, raramente consegui sair com a bola jogável para o ataque, onde produziu muito pouco. A primeira meia hora foi nesse ponto de vista muito pobre e acabamos por ter sorte no lance de maior perigo: livre directo de Quaresma à Barra. Stojkovic pareceu-me mal colocado, um pouco adiantado viu a bola ir na sua direcção, mas mesmo assim deixou-a passar por cima. Depois disso, e apesar do domínio, a verdade é que também o Porto não criou muitos lances de arrepiar e foi um remate de longe de João Moutinho, já perto do intervalo, que criou maior “frissom”. Resta relembrar as punições disciplinares que Proença ou ajuizou mal (vermelho em vez do amarelo mostrado a Quaresma) ou que pura e simplesmente ignorou (entradas de Bosingwa a João Moutinho e de Pedro Emanuel a Derlei)…
A segunda parte, começou com uma atitude renovada, mais “mandona” e muito promissora do Sporting, a rematar com mais frequência e criando algumas oportunidades eminentes de golo. Até que, surge a jogada que fez o resultado…Depois do único golo da partida, só deu Sporting. O F. C. do Porto resguardou-se e o Sporting, numas fases melhor noutras nem tanto, nunca deixou de lutar e tentar alcançar pelo menos o empate, que seria, em meu entender e face ao produzido por F. C. Porto na 1.ª parte e Sporting na 2.ª, o resultado mais justo. O rasgo mais flagrante foi protagonizado por Derlei que isolado permitiu a defesa de Helton, desviando este suficientemente a bola a não permitir uma recarga efectiva de Yannick.
Quanto ao árbitro, Pedro Proença esteve infeliz. Teve um desempenho muito negativo, cuja acção teve influência directa na construção do resultado final. Só isso já seria grave, mas em caso de dúvida decidiu sempre a favor dos azuis, nomeadamente no capítulo disciplinar durante a primeira parte do encontro, onde a condescendência às entradas violentas dos jogadores da casa foi por demais evidente.
E foi assim, de forma enviesada e falsa, que terminou a sequência de 26 jogos oficiais consecutivos do Sporting sem perder e de 23 jogos invicto fora de portas…
Individualmente no Sporting não sobressaiu de forma evidente qualquer jogador, mas mesmo assim gostei essencialmente da garra que Moutinho sempre demonstrou e da entrada de Simon Vukcevic, que veio trazer outra dinâmica na frente de ataque do Sporting.
Stojkovic – Pareceu acusar alguma inquietação durante todo o jogo. Na primeira parte, deu nas vistas ao imitar Ricardo numa saída em falso a um cruzamento ao segundo poste e estava mal colocado no livre que embateu na barra. No segundo tempo teve pouco trabalho e poderia ter resolvido a contento - e evitado o livre indirecto dentro da área que resultou no golo -, afastando a bola para longe com os pés.
Abel – Perdeu e ganhou lances a Quaresma. Tendo mesmo anulado o virtuoso extremo na 2.ª parte. Curiosamente sentiu mais dificuldade com Tarik na primeira. Cumpriu. Saiu para a entrada de Pereirinha no “tudo ou nada” do Sporting.
Tonel – Bem na marcação a Lisandro e depois a Postiga, secou os avançados portistas, tendo ganho a maior parte dos lances aos seus adversários directos.
Polga – Esteve bem, apesar de menos exuberante que o habitual. Tentou sair algumas vezes para o ataque com a bola controlada. Também não hesitou em enviar “charutadas” quando era caso disso. Seguro.
Ronny – Apesar das dúvidas, a verdade é que Ronny não tem comprometido. Parece ganhar confiança e a melhorar o seu posicionamento defensivo a cada jogo que passa. Ontem efectuou alguns cortes com uma limpeza extraordinária quando lhe surgiram adversários pela frente com a bola dominada. Ofensivamente foi pouco participativo. Saiu na segunda parte já quando o Sporting perdia.
Miguel Veloso - Uma primeira parte apagada. Melhorou na segunda, onde esteve bem a recuperar e a lançar rapidamente a bola para os seus companheiros mais adiantados. Voltou a acertar quando arriscou nos passes longos.
Izmailov – Mais uma vez, mostrou uma boa entreajuda nas tarefas defensivas, mas mais uma vez também, não conseguiu ser influente na manobra ofensiva da equipa. Saiu, para dar lugar a Vukcevic.
João Moutinho – A garra de sempre. Foi um autêntico mártir tal a porrada com que o brindaram. Melhorou quando se deslocou para o lado direito após a saída de Izmailov, onde, definitivamente rende muito mais. Tentou o remate de longe e a verdade é que não teve muito longe de a acertar na baliza, principalmente num remate já na 2.ª parte que depois de tocar ligeiramente num defesa portista, saiu rente ao poste direito de Helton.
Romagnoli – Apareceu a espaços. Muito intermitente, foi no entanto dele uma das melhores jogadas do primeiro tempo, quando fugiu a Bosingwa e fez um cruzamento rasteiro muito perigoso que a "zaga" portista afastou para canto. Na segunda parte viu-se mais e teve algumas acções de classe que se revelaram no entanto infrutíferas.
Derlei - Lutou e correu, como é seu timbre. Mas participações efectivas só na segunda parte. Desperdiçou excelente ocasião quando, isolado na direita do ataque e já dentro da grande área, permitiu a defesa de Helton.
Liedson – A “carraça” de sempre. No entanto teve pouco inspirado, também pelo facto de não ter sido bem servido pelos colegas. Um remate frouxo de cabeça para defesa fácil e algumas boas combinações em iniciativas ofensivas. Mesmo assim pouco para um jogador como o nosso “levezinho”. Continua sem marcar a Helton…
Vukcevic – Entrou muito bem. Revolucionou o lado esquerdo do ataque leonino. Beneficiou por ter entrado na fase mais ofensiva do Sporting, sendo dos que mais contribuíram para que isso acontecesse através de boas iniciativas e centro tensos e bem executados. Bastante mais produtivo que o seu substituto: izmailov.
Pereirinha – Participativo. Desta vez pareceu menos desinibido. Talvez a necessidade de empatar lhe tenha aguçado o engenho.
Yannick – A vontade e a falta de objectividade do costume. Tentou dominar um bom centro, tenso, de Vukcevic, e deixou escapar a bola quando se impunha um remate de primeira.

sábado, 25 de agosto de 2007

Fim das Férias de Verão, sem stress…

Depois de um início fulgurante de campeonato contra a Académica, estamos na véspera de visitar o Dragão. Ora, esta visita surge numas condições que, a ser coerente com a verdade, nas últimas épocas não têm acontecido. Senão vejamos, o Sporting vai jogar à casa do F. C. Porto na condição de líder, embora com os mesmos pontos que o adversário, sendo que este último pormenor apenas acontece, muito por obra e graça de um "ciganito" que todos nós sabemos onde é que aprendeu a dar os pontapés na chincha. - Por falar nisso, rapaz, quando é que desopilas daí para fora? Não estaciones já os asnos…e vai proporcionar magia para outra freguesia…Não foi para isso que te criamos. E vê lá se te portas bem no próximo domingo…Adiante. - Que me recorde, pela primeira vez em muitos anos, este clássico não acontece com a obrigatoriedade da vitória dos “Leões”, sob pena de a não acontecer, o título passar a apresentar-se como uma longínqua miragem. Ora, este facto poderá ser convertido numa vantagem adicional por Paulo Bento, pois ajuda em muito a equipa do Sporting a encarar o jogo com maior…tranquilidade. Desde logo porque permite uma melhor gestão do encontro, isto é, levá-lo para a cadência que mais nos interessa e aproveitar que, desta feita, a “tensão” e a responsabilidade está maioritariamente do lado adversário. Pressão essa, aumentada exponencialmente devido ao facto de terem sido recentemente derrotados na Supertaça e na necessidade premente de corrigirem ou pelo menos evitarem que esse resultado se repita. Nota-se e sente-se perfeitamente esse sentimento nas declarações já proferidas pelo "Prof. JesuSex" (de sexagenário) nas conferencias de imprensa que antecedem o encontro. Evidentemente, é preciso que os jogadores do Sporting tenham sempre em mente a ambição e o querer de vencer o jogo! Mais ainda porque o adversário tem obviamente valor e é forte. Mas quanto a isso, os nossos miúdos e treinador já deram mostras suficientes.
Existe de qualquer forma, maior flexibilidade estratégica para o jogo que se aproxima e um resultado menos positivo não é catastrófico. À partida este é um dado que não pode ser negligenciado numa análise inicial ao jogo e o “ambiente psicológico” para a sua disputa é bem mais favorável e desanuviante para as nossas cores. Basta compará-lo com o jogo da época passada. O resultado, esse espera-se que seja o mesmo: vitoria leonina. Como é que se diz: Não há duas sem três? Mas é claro que há muitas nuances, e que um lance fortuito pode alterar tudo isto de um momento para o outro… Até porque já dizia o “outro” que a lógica no futebol é uma batata…A ver vamos se para o Prof. Sex à terceira é de vez…
É preciso notar ainda que a surgir a vitória, esta representa não só a permanência na liderança, mas muito mais importante do que isso nesta fase, permite um grande capital de confiança numa equipa que defensivamente apresenta-se já consolidada (apesar das faltas de concentração com a Académica, fruto de algumas facilidades inesperadas que o jogo e adversário permitiram) e ofensivamente começa a prometer. Mais, representa que o principal candidato à renovação do titulo, segundo a opinião geral e a especializada, é derrotado pelo Sporting, pela terceira vez em poucos meses (não esquecer a vitória no Dragão) e pela segunda no decorrer de poucos dias com a agravante desta ultima ocorrer no seu próprio estádio…Que repercussões isso trariam ao futuro próximo da Liga? Três pontos de desvantagem à segunda jornada, pouco…mas os danos provocados na confiança e auto-estima do F. C. Porto, possivelmente, muitos. A começar pela vaga de contestação ao homem que quase perdeu o passado campeonato…O Sr. Capitão Ferreira não deixou…
E se tivermos em conta que o título do ano passado, apesar de tudo, “também” resultou de um melhor arranque do FCP face aos rivais…
Por falar em rivais, contemplando ali para o outro, aquele que joga na outra banda da segunda circular, a bagunça - costumeira, diga-se de passagem - é tanta que me leva a, neste momento, confirmar os meus bons pressentimentos…para o provecto ano 101 do SCP!

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Férias de Verão: "All I need is Love"

Regressado dumas, mais do que merecidas, prementes férias, muito há a referir na vida do meu Sporting. Desde logo constatar a conquista da Supertaça frente ao F. C. Porto. Quanto a isso, já muito se escreveu e repetiu, mas em todo o caso gostaria ainda de aqui lançar uma sugestão/desafio aos dirigentes da Federação Portuguesa de Futebol: Meus Excelentíssimos Senhores porque é que, à semelhança do que os vossos tão estimados colegas da Liga Profissional fizeram com essa novel competição denominada por “Taça da Liga Carlsberg”, não arranjam um patrocinador para esta competição? Os bons exemplos merecem ser seguidos, ou não?
Dado o sucesso que o assunto suscitou na edição desta época, não seria má ideia começar por contactar umas marcas de dentífricos. Sempre eram mais uns trocados que se adicionavam para ajudar no pagamento do “devido” salário ao Filipão… E depois, convenhamos que “Supertaça Cândido de Oliveira Aquafresh White & Shine” é um nome nem mais nem menos horripilante que “Superliga Bwin” ou “Liga Vitalis”, apesar de… ligeiramente mais comprido, confesso. Mas já se sabe, conforme anda o futebol em Portugal, uns trocados a mais dão sempre muitíssimo jeito.
Para mim, esta conquista apenas constituiu o primeiro alvo sorriso e o primeiro troféu duma época em que deposito grandes expectativas. Áh! E a recordação de um tema musical dos saudosos “Beatles” já bem antiga, cujo título é mais ou menos assim: “All we need is my Love”… Se o título não estiver rigoroso, peço-vos encarecidamente desculpa pela minha, por vezes, selectiva memória. Fica a dica às claques do Sporting, essa malta que tanto gosta de cantorias e, por vezes, “desafinanços”…