A campanha da Prevenção Rodoviária Nacional utiliza uma frase lapidar: “Não julgue que os acidentes só acontecem aos outros”.
Há hora em que escrevo, desconheço a identidade das, até agora, treze vitimas mortais do acidente que afectou o autocarro da Câmara Municipal de Castelo Branco, que transportava de volta duma visita a Fátima alunos da USALBI – Universidade Sénior Albicastrense. Mas apesar disso e após a surpresa e choque inicial desta fatídica noticia, abateu-se sobre mim uma tristeza indescritível. Aquelas pessoas podem não ser minhas amigas, podem não ser minhas vizinhas, podem não ser sequer minhas conhecidas, mas são com toda a certeza pessoas da minha cidade, do meu concelho, da minha comunidade. Ocasionalmente poderei ter-me cruzado, falado ou mesmo convivido com alguma(s) dela(s). Não sei nem isso me importa. Só sei que é incrível como a proximidade destas tragédias nos afectam de forma tão mais intensa e dolorosa.
Por isso, porque me sinto de luto escrevo como catarse desta dor e para deixar também aqui o meu mais profundo pesar por todos os afectados. No fundo, mais directa ou indirectamente, todos os albicastrenses…
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